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31.03.2022 | Mundo Equino

Babesiose equina: você sabe o que é?

Entenda mais sobre a babesiose equina, doença transmitida por carrapatos que pode causar diversos prejuízos, principalmente a redução do desempenho em animais de competição.

Muitos cavalos de corrida são impedidos de competir por conta da babesiose equina, uma enfermidade transmitida por carrapatos. Além de causar diversos problemas, essa doença pode inclusive levar o animal a óbito.  

O que é babesiose equina? 

A babesiose, também denominada piroplasmose ou nutaliose, é uma doença que possui como agentes etiológicos os protozoários hemoparasitas, Babesia caballi e Theileria equi. Estes agentes utilizam os carrapatos das espécies Dermacentor nitens, Rhipicephalus microplus, Amblyomma cajennense e Hyalomma como vetores de transmissão. 

A babesiose pode ser transmitida por meio da infestação de carrapatos ou também pelo contato com animais assintomáticos.  

Os sinais clínicos começam a se manifestar dentro de um período de 5 a 28 dias, e o primeiro sinal a aparecer, após o período de incubação, é o aumento da temperatura corporal, associado à presença do parasita na circulação sanguínea.  

A afecção causa diversos prejuízos econômicos para os criadores, como redução no desempenho de cavalos atletas, despesas com tratamentos e até perda dos animais.  

No Brasil, a doença tem caráter endêmico, sendo esta a diferença de outros países que possuem o vetor, mas não possuem o agente etiológico. Por esse motivo, alguns órgãos internacionais restringem a comercialização e transporte de cavalos soropositivos. 

Principais sinais clínicos da babesiose equina 

  • Febre; 
  • Icterícia (pele e mucosas amareladas); 
  • Anemia;
  • Anorexia; 
  • Hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina); 
  • Hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado); 
  • Inchaço nas extremidades; 
  • Lacrimejamento;
  • Secreção nasal; 
  • Incoordenação motora; 
  • Desconforto abdominal. 

Vale ressaltar que os sinais clínicos da babesiose, como febre, icterícia e anemia, se assemelham ao da doença anaplasmose granulocítica equina, causada pela bactéria Anaplasma phagocytophilum. Por conta dos sinais clínicos inespecíficos da babesiose, é importante realizar o diagnóstico diferencial para determinar um tratamento adequado.  

Diagnóstico da babesiose equina 

O diagnóstico pode ser feito a partir da realização de exame de sangue e avaliação dos sinais clínicos apresentados pelo animal. No hemograma, geralmente, são avaliados os seguintes parâmetros: contagem de eritrócitos, hematócritos e diferencial de leucócitos. 

Além do hemograma, existem outros testes laboratoriais, como o PCR (Reação de Cadeia em Polimerase), Babesia IgG e IgM e pesquisa de protozoários no sangue. 

O esfregaço sanguíneo também é uma alternativa para detecção da doença, porém esse tipo de exame pode ser ineficiente na detecção de animais portadores, por conta da dificuldade em encontrar o parasita na circulação. 

Tratamento 

O tratamento e controle da babesiose equina são realizados com base no diagnóstico elaborado pelo médico-veterinário. 

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