Quem convive com cavalos sabe que eles não conseguem vomitar, mas você sabe o motivo? Essa peculiaridade está diretamente relacionada à anatomia deles, que impede essa prática devido a características específicas do sistema digestivo.
Mas os cavalos, possuem uma série de diferenças fisiológicas importantes que garantem que qualquer alimento ingerido faça apenas uma viagem de ida pelo sistema digestivo.
Eles têm três mecanismos anatômicos que os impedem de vomitar. Leia até o final e entenda quais são:
O esôfago é uma estrutura no formato tubular, que liga a boca ao estômago. Ele permite a passagem dos alimentos, água e saliva.
A musculatura do esôfago equino é extremamente forte em comparação com a de outros animais. Porque se tratar de um órgão longo e musculoso, ele facilita a passagem dos alimentos em uma única direção, do esôfago para o estômago, impedindo movimentos reversos que permitam o retorno do alimento.
A cárdia é um músculo localizado na junção entre o esôfago e o estômago. Ela atua como uma válvula, realizando o fechamento do estômago e impedindo o retorno do alimento para o esôfago.
Além disso, o esôfago equino se conecta ao estômago em um ângulo bastante estreito, diferentemente de outros animais. Isso faz com que, quando o estômago está distendido, seja por gás ou alimento, ele pressione a cárdia de maneira a mantê-la ainda mais firmemente fechada, evitando o retorno do conteúdo para o esôfago.
Os cavalos não possuem, no sistema nervoso central, uma região específica chamada “centro do vômito”, que é responsável por coordenar o reflexo de vômito em outros animais. Mas essa ausência é mais um fator que impede os cavalos de vomitar.
Os cavalos se alimentam de forragem em pequenas quantidades e várias vezes ao dia. Esse comportamento, favorece o sistema digestivo a processar as fibras sem a necessidade de regurgitação.
As características anatômicas dos cavalos, também permitem que eles tenham grande capacidade de seleção da dieta em pastagens, mas há necessidade de tempo para o pastejo e de diversidade de espécies vegetais, pois a velocidade de ingestão é lenta.
O fato de o cavalo não vomitar pode gerar complicações, como a síndrome cólica, especialmente quando a rotina alimentar natural é alterada e manejos inadequados são implementados. Esses manejos podem levar a situações que o organismo do cavalo não consegue corrigir sozinho, muitas vezes exigindo a intervenção de um médico veterinário.
Os equinos são animais exigentes e sensíveis às alterações de manejo alimentar e ambiental. Situações como mudanças nas atividades físicas, alterações súbitas na dieta, condições inadequadas de estabulação, alimentação rica em concentrados, volumoso ou ração de baixa qualidade, consumo excessivamente rápido da ração, privação de água e até mesmo o transporte em viagens podem causar estresse e, consequentemente, distúrbios gastrointestinais.
Sabemos que mudanças na rotina e na alimentação dos equinos podem ocorrer. Por isso, separamos algumas dicas que podem te ajudar nessas situações, minimizando o risco de complicações gastrointestinais:
Curtiu essa curiosidade? Acesse nosso site e descubra mais sobre o universo dos cavalos!