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10.10.2024 | Bem-estar

Calor extremo e clima seco também prejudicam a saúde de cães e gatos. Saiba como cuidar do seu pet!

Cães e gatos também são afetados pelos climas extremos. Nos dias de muito calor e baixa umidade, são necessários alguns cuidados extras para garantir o bem-estar dos pets. 

Os reflexos das mudanças climáticas são sentidos não só por nós, humanos, mas também pelos nossos pets. Tanto cães quanto gatos sofrem com as consequências de ondas de calor e clima seco, e é fundamental estar atento aos sinais de desconforto para proteger os pets nesses dias.

Para entender como cuidar dos pets, é necessário saber como as condições climáticas influenciam na saúde de cães e gatos. Evitar a exposição direta ao clima extremo é uma forma de garantir o bem-estar deles, no entanto, quando é inevitável, reconhecer os sinais de desconforto é essencial para prevenir complicações e problemas associados ao calor excessivo. 

Como o calor e o clima seco afetam os cães e gatos?

O comportamento dos pets pode indicar que eles estão com calor.

Assim como nós, os animais também sofrem com o calor extremo. No entanto, diferente dos humanos, que podem regular a temperatura corporal através do suor, cães e gatos têm mecanismos menos eficientes. Os cães, por exemplo, regulam a temperatura corporal principalmente pela respiração ofegante, enquanto os gatos, que são mais discretos, podem lamber o pelo para se refrescar. Contudo, quando as temperaturas estão muito altas e a umidade do ar está baixa, esses mecanismos não são suficientes, e os pets ficam vulneráveis a uma série de problemas de saúde, como:

  1. Hipertermia: 

Uma condição perigosa e potencialmente fatal que ocorre quando a temperatura corporal do animal se eleva além do que ele consegue controlar. Cães e gatos que ficam expostos a altas temperaturas por longos períodos, especialmente sem acesso a sombra e água fresca, correm um alto risco de sofrerem com o golpe de calor.

  1. Desidratação: 

A baixa umidade do ar contribui para a desidratação dos pets. A desidratação pode causar fraqueza, tontura e, em casos graves, falência de órgãos.

  1. Problemas respiratórios: 

O ar seco e quente pode irritar as vias respiratórias dos animais, especialmente aqueles que já são mais suscetíveis a dificuldades respiratórias, como os cães braquicefálicos (de focinho curto), incluindo as raças pug e bulldog.

  1. Queimaduras nas patas: 

O asfalto e o chão das calçadas podem atingir temperaturas altíssimas nos dias de calor extremo, o que pode causar queimaduras nas patas dos cães, que são muito sensíveis. Mesmo passeios curtos podem resultar em machucados e desconforto.

Os cães com o focinho curto são os mais propensos a sofrer com as altas temperaturas e baixa umidade.

  1. Exaustão pelo calor: 

Tanto cães quanto gatos podem sofrer exaustão pelo calor, que é caracterizada por fraqueza, letargia, respiração acelerada e, em casos mais graves, vômito e diarreia.

Sinais de que o pet está sofrendo com o calor

Durante as ondas de calor, é fundamental estar atento aos sinais que indicam que os pets estão sofrendo com as altas temperaturas. Alguns indícios podem incluir: 

–  Respiração ofegante em excesso

– Boca seca e gengivas pegajosas

– Língua e gengivas de cor anormal

– Tontura ou desorientação  

– Letargia e fraqueza

– Vômito e diarreia

Nos gatos, o comportamento pode ser mais discreto, mas a busca por locais frescos e a lambedura excessiva do pelo podem ser indicativos de que o pet está com calor.

Cuidados essenciais para proteger os pets do calor

A água é essencial para o cuidado com os pets. Ao passear, tenha sempre um recipiente para manter o seu pet hidratado.

Alguns hábitos podem ajudar a evitar e diminuir o desconforto de cães e gatos durante os dias mais quentes. Confira estas dicas para garantir o bem-estar dos pets:

  1. Ofereça bastante água fresca: 

Manter o animal bem hidratado é a primeira medida de proteção contra o calor. Deixe sempre água fresca à disposição do pet e, se possível, distribua vários bebedouros pela casa para que ele tenha fácil acesso.

  1. Evite passeios nos horários mais quentes: 

Os passeios devem ser realizados no início da manhã ou ao final da tarde, quando as temperaturas estão mais amenas. Além disso, verifique sempre a temperatura do chão antes de sair para passear. Uma boa dica é colocar a mão no asfalto: se está quente demais para você, também está para o seu melhor amigo.

  1. Crie espaços de sombra e ventilação: 

Ofereça um local com ventilação para o seu pet se abrigar.

Se o seu pet passa muito tempo no quintal, certifique-se de que ele tenha acesso a áreas sombreadas e bem ventiladas. No interior da casa, mantenha as janelas abertas e, se possível, utilize ventiladores ou ar-condicionado para garantir uma temperatura mais agradável.

  1. Não deixe o pet sozinho dentro de carros: 

Mesmo que seja por um curto período, jamais deixe seu cão ou gato dentro do carro. O interior dos veículos pode atingir temperaturas extremas rapidamente, e isso coloca a vida do pet em risco.

  1. Invista em tapetes e camas refrescantes: 

Existem diversos acessórios desenvolvidos especialmente para manter os pets frescos. Tapetes e camas refrescantes são uma ótima opção para ajudar a reduzir a temperatura corporal do pet nos dias mais quentes.

  1. Cuidado com a alimentação: 

Nos dias de calor intenso, os animais tendem a se alimentar menos. Ofereça alimentos de fácil digestão e mais leves, como alimentação úmida ou suplementos que auxiliam na reposição de sais e minerais, ajudando a manter o pet hidratado. Além disso, garanta que a comida esteja sempre fresca e armazene-a em local adequado para evitar que estrague.

Os gatos podem indicar o desconforto com a temperatura com lambedura excessiva.

  1. Banhos refrescantes: 

Se o seu pet estiver muito quente, um banho com água morna pode ajudar a refrescá-lo. Evite utilizar água muito fria, pois o choque térmico pode ser prejudicial.

  1. Monitore os sintomas de desidratação: 

Fique atento aos sinais de desidratação, como gengivas secas e apatia. Em caso de suspeita de desidratação, ofereça água e, se necessário, procure o médico veterinário.

Quando procurar ajuda veterinária?

Caso o pet apresente sinais de hipertermia, como vômito, desorientação, respiração ofegante intensa e coloração anormal das mucosas, é importante procurar imediatamente um médico veterinário. Pois requer tratamento rápido para evitar complicações mais sérias, como danos permanentes aos órgãos ou até mesmo a morte.

É de extrema importância procurar um médico veterinário aos primeiros sinais de desidratação dos pets.

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